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A decisão do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central (BC) publicada nesta quarta-feira (18), com a expectativa de que os juros

BC inicia decisão dos juros com mercado dividido

Autoridades monetárias dos Estados Unidos e do Brasil iniciaram nesta terça-feira (17) o primeiro dos dois dias de debates para definirem os próximos passo dos juros pós decisão

A decisão do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central (BC) será publicada nesta quarta-feira (18), com a expectativa de se manter os juros entre 4,25% e 4,5% nos EUA e 14,75% no Brasil.

Sinais dúbios da economia doméstica geram incerteza por fim do ciclo de alta ou nova elevação a 15%

Conforme a ferramenta FedWatch, do CME Group, que monitora as expectativas do mercado, 99,8% dos agentes apostam em manutenção nesta reunião do Fed. A percepção é de que os juros norte-americanos devem voltar a baixar em setembro. Ou seja, quando 57,2% dos investidores preveem juros entre 4% e 4,25%.

A nova rodada de debates dos juros ocorre em meio um cenário de incerteza no cenário internacional com a recente troca de ataques entre Israel e Irã. Bem como os efeitos que a continuidade ou escalada dos conflitos terão no preço do petróleo.

A nova frente de tensão toma o lugar dos temores da disputa comercial entre Washington e Pequim. Aliás, arrefeceram nas últimas semanas após sinais para a formulação de um acordo entre as duas superpotências.

Nova alta da Selic?

Ainda assim, as incertezas quanto ao impacto econômico que as tarifas podem ocasionar na economia mundial seguem no radar dos investidores.

O cenário doméstico também apresenta sinais dúbios: enquanto o mercado de trabalho segue aquecido – tendendo para nova alta da Selic. Dados da atividade econômica no primeiro semestre já dão sinais de desaceleração em reflexo ao recente ciclo de alta dos juros.

Com isso em mente, o Itaú pondera que deve seguir mantendo o tom de cautela e data dependent. Assim, mantém a flexibilidade para o comitê tomar decisões com base nos dados econômicos que virão a cada reunião.

“Avaliamos que o balanço de riscos para a inflação deverá seguir equilibrado, com riscos para ambos os lados e variância maior que a usual. Nesse contexto, esperamos que o comitê reforce o compromisso com a convergência da inflação à meta, seguindo a estratégia de permanecer com a taxa de juros em patamar contracionista por período prolongado e sinalizando que não hesitará em retomar o ciclo de alta, caso o cenário prospectivo de inflação se deteriore”, afirma o banco em nota.

Num cenário em que se mantenha a Selic em 14,75%, o Itaú projeta a inflação chegando a 3,3% no horizonte relevante, “provavelmente próxima o suficiente da meta para o comitê”.