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A Prefeitura de Cuiabá, em ação da Secretaria Municipal de Educação, deu início na quinta-feira (21) a campanha "Bullyng - Acabou Aqui".

Campanha “Bullyng – Acabou Aqui” é lançada nas escolas de Cuiabá

A ação da campanha pautada pela conscientização às crianças dos riscos sociais do Bullyng e Cyberbulling

A Prefeitura de Cuiabá em ação da Secretaria Municipal de Educação, deu início a campanha “Bullyng – Acabou Aqui”. Até o final deste ano, as palestras acontecem em cada uma das 82 EMEBs (Escolas Municipais de Educação Básica).

Haverá palestras nos dias 26 e 28 deste mês nas escolas Celina Fialho Bezerra e Cel Octayde Jorge da Silva, respectivamente. No dia 27 de agosto, o tema Bullyng e Cyberbulling será discutido com os pais dos alunos na Escola Municipal de Educação Básica Agostinho Simplicio de Figueiredo, localizada no bairro Poção.

Em setembro, já estão agendadas para os dias 1º e 5 palestras nas escolas Esmeralda de Campos Fontes e Professora Udeney Gonçalves de Amorim.

“É um programa de prevenção, conscientização e proteção das nossas crianças. Por isso, professores e servidores estão engajados nesta ação e contamos com o apoio da família. Ou seja, o amor e a união é o que deve prevalecer nas escolas”, afirma o secretário municipal de Educação, Amauri Monge.

Não devemos ofender ninguém em busca de aprovação

No primeiro dia de atividade, 256 crianças com idades de 4 anos, matriculadas na Escola Municipal de Educação Básica Agostinho Simplicio de Figueiredo, participaram no período de dois turnos, de uma palestra destinada a estimular atitudes de paz, respeito às diferenças, a empatia de incentivo ao resgate de valores éticos e morais para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.

O palestrante é o assessor pedagógico Edmilson Marques de Moraes, servidor de carreira. Professor de História da Prefeitura de Cuiabá há 25 anos.

Ao longo da palestra, portanto, levarão a mensagem da importância de cada aluno respeitar profissionais que trabalham nas escolas, independente do exercício da função, diante do interesse coletivo de que todas as crianças estão cercadas de pessoas preocupadas com o melhor desenvolvimento de cada um.

“O pai e a mãe se desdobram para dar o melhor a vocês. Aqui na escola, a diretora, coordenadora, secretária, a responsável pela merenda e limpeza da escola, também querem o melhor para cada um de vocês. A melhor devolução disso é o respeito, fazer as atividades de Português e Matemática corretamente, colaborando. Não devemos ofender, provocar. Não devemos ofender ninguém em busca de aprovação de uma plateia presencial ou virtual”, pontuou.

Entenda

Bullying é um comportamento agressivo, repetitivo e intencional, que envolve um desequilíbrio de poder. Dessa forma, visa intimidar, humilhar ou envergonhar uma vítima.

O Cyberbullying é o mesmo tipo de agressão, mas praticado através de meios digitais, como redes sociais, mensagens de texto e jogos online. Ele pode ser ainda mais invasivo por não ter limites de tempo ou espaço

Quais os efeitos causados sobre a criança?

A depressão, baixa autoestima, ansiedade, abandono dos estudos, essas são algumas das características mais usuais das vítimas. De certa forma, o bullying é uma prática de exclusão social, cujos principais alvos costumam ser pessoas mais retraídas, inseguras. Essas características acabam fazendo com que elas não peçam ajuda e, em geral, elas se sentem desamparadas, com medo, intimidadas e dificuldades em encontrar um adulto que possam ouví-las sem julgamentos, ampará-las nos cuidados e tomar as providências necessárias.

Além dos traços psicológicos, as vítimas desse tipo de agressão apresentam particularidades. Ou seja, problemas com obesidade, estatura, deficiência física. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos. Também pode acontecer com um novato, uma pessoa inteligente, pessoas neurodiversas ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas.

Como os pais percebem que seu filho está sofrendo bullying?

Crianças e adolescentes que sofrem humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem ter queda do rendimento escolar, somatizar o sofrimento em doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Observa-se também uma mudança de comportamento. As vítimas ficam isoladas, se tornam agressivas, reclamam de alguma dor física justamente na hora de ir para escola.

Qual é o perfil de quem pratica o bullying?

Os agressores são geralmente os líderes da turma, os mais populares, aqueles que gostam de colocar apelidos nos mais frágeis. Assim como a vítima, os agressores também precisam de ajuda psicológica. No futuro, esta criança ou jovem quando adulto pode ter um comportamento de assediador moral no trabalho. E pior, utilizar da violência, adotando atitudes delinquentes ou criminosas.