É importante lembrar que nem todos os setores tenham relação direta com o mercado americano
No acumulado de janeiro a julho, os embarques de soja e carne do Brasil atingiram volumes recordes. No mesmo período, também cresceu a importação de fertilizantes. Em meio ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos, é importante lembrar que, embora nem todos os setores tenham relação direta com o mercado americano, os produtos são três ativos estratégicos do agro nacional, todos com forte ligação ao comércio internacional.
A soja, no acumulado de janeiro a julho, somou 77,2 milhões de toneladas embarcadas. É a maior marca da série histórica iniciada em 2021. No mesmo período do ano passado, foram 75,4 milhões de toneladas. A expectativa para 2025 é de novo recorde anual. Assim, as projeções apontam para mais de 105 milhões de toneladas exportadas até dezembro. A demanda da China deve continuar impulsionando as vendas brasileiras do grão.
Carne bovina
Já a carne bovina também apresentou crescimento. Exportaram 1,560 milhões de toneladas entre janeiro e julho, contra 1,375 milhão no mesmo período de 2024. Um avanço de quase 200 mil toneladas. Nesse caso, no entanto, o tarifaço preocupa: a carne bovina não foi isenta da nova alíquota imposta pelos Estados Unidos e pode ser impactada diretamente. O setor aguarda uma possível revisão da tarifa, já que os EUA dependem de carne bovina importada para atender sua demanda interna.
Brasil comprou 31,5 milhões de toneladas de fertilizantes até julho deste ano
Do lado das importações, os fertilizantes também apresentaram forte crescimento. O Brasil comprou 31,5 milhões de toneladas até julho deste ano, frente ao número de 29,91 milhões no mesmo período de 2024. O número está muito acima da média histórica e reflete o aumento dos investimentos em tecnologia no campo, mesmo com os riscos associados ao cenário internacional.