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O produto transformado em fertilizante é sustentável e visto como um exemplo de economia circular na prática

Empresário mato-grossense inova ao transformar coco em fertilizante

O produto transformado em fertilizante é sustentável e visto como um exemplo de economia circular na prática

Em uma propriedade de 20 mil hectares, localizada na Estrada da Guia, o empreendedor Paulo Teodoro, da Bioativa Indústria de Fertilizante, tem dado um novo destino ao resíduo de uma fruta muito consumida em Cuiabá: o coco. Há três anos, ele opera uma indústria de reciclagem que tem como principal objetivo a utilização da casca deste fruto para a produção de fertilizantes.

O empreendedor explica que “realiza a extração da casca do coco, que queimada por meio da pirólise, ou seja, um processo não poluente, até se transformar em carvão. A partir daí, o material triturado e se transforma em uma “areia” capaz de corrigir o solo e reter água e nutrientes para a plantação”.

O projeto para criação do produto desenvolvido com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), firmado por meio de um convênio que estudou uma metodologia própria, focada em produzir um fertilizante ainda mais sustentável.

Economia circular

De acordo com a gerente do Centro Sebrae de Sustentabilidade, Patrícia Pedrotti, o biochar é produzido pela Bioativa. Ou seja, um exemplo a ser seguido sobre economia circular.

A gerente também pontua que o Sebrae tem como prioridade buscar parcerias em trabalhos que desenvolvam soluções que colaborem para uma inovação sustentável. “O Sebrae Nacional apoiou esta iniciativa porque viu que corroborava com os nossos princípios. Um exemplo de como a instituição pautada pelo empreendedorismo sustentável com foco na economia verde”, afirma.

A pesquisa durou dois anos e seis meses, sendo encerrada no final do ano passado. Agora, o produto está pronto para comercialização, e em condições de obter todas as licenças ambientais e de produção necessárias. Futuramente atenderá a plantações agrícolas e floriculturas, por exemplo.

A inspiração para este empreendimento, segundo Paulo, veio após estudar sobre o solo produzido pelos povos ameríndios. Para o empresário, a parceria com o Sebrae, Embrapa e Embrapii foi muito importante para todo o processo de pesquisa e que agora a próxima fase é posicionar o produto no mercado. “Iremos investir na fábrica e fazer um teste de comercialização em pequena e, depois, em larga escala”, conclui.