EUA e China definem conselho de administração do TikTok
O acordo entre Estados Unidos e China para a venda do TikTok prevê a criação de um conselho de administração da rede social. Este espaço será ocupado por diversos empresários norte-americanos, além da família real de Abu Dhabi.
A informação foi divulgada pelo The Guardian, após o presidente Donald Trump assinar uma ordem executiva que formaliza os termos para transferir as operações do aplicativo. A medida visa evitar o banimento da rede social no país.
Presença estrangeira, mas controle dos EUA
- Segundo a reportagem, o MGX, um fundo presidido pelo Sheikh Tahnoon bin Zayed Al Nahyan, terá uma participação de 15% e ganhará um assento no novo conselho.
- Isso significa que a família real de Abu Dhabi terá um certo poder de decisão nas operações da plataforma nos EUA.
- Apesar desta presença estrangeira, empresários norte-americanos ocuparão a maior parte dos assentos.
- Por outro lado, a chinesa ByteDance, que é a responsável pelas operações hoje, ficará limitada a menos de 20% de participação.
- Lembrando que Trump ampliou o prazo para finalizar os detalhes do acordo em 120 dias.
O que prevê o acordo de venda da rede social
Um conselho com sete integrantes especializados em segurança nacional e cibersegurança administrará a nova versão do TikTok. Aliás, seis deles são norte-americanos.
A supervisão ficará a cargo da Oracle. Nesse sentido, a empresa fornecerá infraestrutura em nuvem. Assim, garantirá o armazenamento dos dados de usuários no país.
A empresa ficará responsável pelo algoritmo da rede social. O recurso será retreinado e, portanto, não terá mais nenhum tipo de controle chinês.
Este era um dos pontos mais sensíveis das discussões, uma vez que a Casa Branca acusava a ByteDance de enviar essas informações para Pequim, colocando em risco a segurança nacional.
Além da Oracle, liderada pelo cofundador Larry Ellison, o grupo de investidores conta com nomes de peso como a gestora de private equity Silver Lake, o empresário de mídia Rupert Murdoch e seu filho Lachlan, além de Michael Dell, CEO da Dell. O governo dos Estados Unidos, por sua vez, não deve fazer parte do conselho.