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Visita de Donald Trump à Arábia Saudita rende acordos bilionários em IA – e marca nova estratégia internacional pós-petróleo

EUA e Arábia Saudita mostram qual é o futuro pós-petróleo

Visita de Donald Trump à Arábia Saudita rende acordos bilionários em IA – e marca nova estratégia internacional da administração republicana

Na primeira viagem internacional de seu segundo mandato, o presidente dos EUA, Donald Trump, desembarcou na Arábia Saudita acompanhado de quase 30 executivos das maiores empresas do seu país. Entre eles, estavam: Elon Musk, Sam Altman (OpenAI), Jensen Huang (Nvidia) e Arvind Krishna (IBM). 

A visita resultou na assinatura de acordos que somam US$ 600 bilhões (R$ 3,3 bilhões), com foco em inteligência artificial (IA). Isso porque chips de IA são considerados essenciais para projetos que vão moldar o futuro econômico do Oriente Médio após o fim da dependência do petróleo.

Na pista do aeroporto, Trump e os executivos foram recebidos pelo príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman. O encontro, todavia, reforçou a intenção de Trump de fortalecer os laços com os países do Golfo e se consolidar como um grande negociador internacional.

  • Dias antes da viagem, o governo Trump revogou restrições da administração Biden. Elas limitavam a exportação de chips de IA para o exterior. Dessa maneira, a mudança abriu caminho para os acordos assinados na Arábia Saudita;
  • A visita também marca uma mudança de postura em relação ao governo anterior. Joe Biden havia prometido isolar a Arábia Saudita após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. Um relatório da inteligência americana afirma que Mohammed bin Salman aprovou a operação contra o colunista.

Após a parada na Arábia Saudita, Trump seguiu para o Catar. Depois, vai para os Emirados Árabes Unidos, que também investem em tecnologias de IA. Em 2017, os Emirados nomearam o primeiro ministro do mundo dedicado exclusivamente à IA.

Parcerias com Nvidia, AMD, Qualcomm

A Arábia Saudita é o maior exportador de petróleo do mundo, mas investe fortemente na diversificação da economia. Como parte do plano Visão 2030, o reino aposta em “megaprojetos” tecnológicos para modernizar sua estrutura econômica.

Dentro desse plano, o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita criou a startup de IA chamada Humain. A empresa pretende posicionar o país como um centro global competitivo em IA.

A Nvidia, entretanto, anunciou parceria com a Humain para construir “fábricas de IA” no país, com capacidade de até 500 megawatts. A empresa venderá centenas de milhares de chips, incluindo 18 mil unidades do modelo avançado GB300 Grace Blackwell.

Assim a CEO da AMD, Lisa Su, também esteve em Riade, capital da Arábia Saudita. Sua empresa firmou acordo de US$ 10 bilhões (R$ 56 bilhões) com a Humain para infraestrutura de IA. A Qualcomm também fechou parceria para fornecer data centers.

Outros países do Golfo seguem o mesmo caminho. A Microsoft já havia investido US$ 1,5 bilhão (R$ 8,4 bilhões) na G42, empresa de IA de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. E o governo Trump estuda vender chips de IA para essa companhia, segundo o New York Times.

Fonte: cnnbrasil