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O projeto “Arte Jurídica” foi lançado pela juíza Tatyana Lopes de Araújo Borges, promove oficinas infanto-juvenis

Juíza lança projeto para incentivar talentos e prevenir uso de drogas

O Arte Jurídica, que vai ao encontro da Política Nacional de Drogas

O projeto “Arte Jurídica” foi lançado pela juíza Tatyana Lopes de Araújo Borges. A magistrada é titular do 2º Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Rondonópolis-MT. Entretanto, a sua proposta é promover em escolas públicas e particulares, oficinas para incentivar a descoberta de talentos artísticos de crianças e adolescentes. Principalmente, em bairros considerados vulneráveis.

Na visão da magistrada, além de despertar possibilidades artísticas, o Arte Jurídica tem como ideia afastar crianças e adolescentes do contato e envolvimento com substâncias entorpecentes. O projeto também pretende realizar palestras para os estudantes com detalhamento das situações psicológicas, psiquiátricas e jurídicas provocadas pelas drogas.

Segundo a doutora, o Arte Jurídica, que vai ao encontro da Política Nacional de Drogas, integra Estado e sociedade. Contudo, por meio de atividades práticas para valorizar as habilidades das crianças e jovens para que possam ter poder de decisão. Assim como autonomia diante do universo cultural ao qual estão inseridos.

“O projeto visa prevenir e combater o envolvimento do indivíduo com as drogas e com o crime, que delas decorrem. E trazê-lo assim, com verdadeiras perspectivas de futuro, ao maior sucesso profissional e pessoal”, frisou Tatyana Lopes.

Com a participação da Orquestra Musical Harmonia Celeste

A juíza apontou ainda que pretende levar a simulação de júris para o interior dos estabelecimentos de ensino para que a comunidade escolar. De forma geral, compreenda como funciona o instituto jurídico e a ligação entre efeito e causa que envolve a dependência química e outros delitos. A exemplo de casos considerados crimes dolosos contra a vida, cuja competência é do Tribunal do Júri.

A reitora da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), professora-doutora Analy Polizel, colocou a instituição de ensino superior à disposição do projeto, comprometendo-se a também envolver estudantes na execução do projeto conforme a área de cada curso.

O capitão Gilmarkes Rodrigues dos Santos, da Polícia Militar, ressaltou a importância de ações como essa. Sobretudo para a prevenção de crimes em sentido amplo, já que o uso de substâncias entorpecentes é a causa de diversos outros crimes. O policial prometeu envolver no Arte Jurídica o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), desenvolvido no Estado pela Polícia Militar.

O lançamento do projeto da juíza foi prestigiado pelo promotor de Justiça Fernando Bosso. Bem como, pelo jurista Stalyn Paniago, conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Como também, pelos diretores de escolas municipais e estaduais e membros da sociedade civil e voluntários do projeto. E ainda mais contou a participação da Orquestra Musical Harmonia Celeste, conduzida pelo maestro Rogério Cardoso.