Na nova versão da novela Vale Tudo, um comportamento que antes passava despercebido, agora, ganha nome e destaque: o love bombing. Se você acompanha a trama, certamente já ouviu Odete Roitman apontar que a filha, Heleninha, está “bombardeando” Ivan com um afeto exagerado, sufocante e, muitas vezes, desconectado do amor “real”.

O que é love bombing?

O termo utilizado na trama ganhou destaque nos últimos anos nas redes sociais. Ele descreve um padrão em que uma pessoa, logo no início da relação amorosa, oferece atenção excessiva, declarações apaixonadas, presentes e gestos grandiosos. Tudo isso em pouco tempo, sem que haja espaço para o desenvolvimento natural do vínculo.

À primeira vista, parece amor intenso. Mas, por trás desse excesso, pode existir uma tentativa inconsciente (ou consciente, às vezes), de gerar dependência emocional e controle sobre o outro.

Amor ou controle?

Em Vale Tudo, Heleninha não mede esforços para chamar a atenção de Ivan. Envia refeições, faz surpresas e manda mensagens constantemente. Quando o amado não corresponde na mesma intensidade, a artista demonstra ressentimento e mágoa. O ciclo se repete diversas vezes, e é descrito por Odete como um “desespero afetivo”.

Na vida real, é assim que funciona o love bombing. Começa como um conto de fadas, mas logo revela sua face exaustiva e insustentável. Com o tempo, esse “excesso de amor” pode se transformar em cobranças, ciúmes e inseguranças desmedidas.

Como identificar?

Por mais que o início pareça encantador, esse padrão possui sinais claros. Dentre elas, observamos declarações de amor rápidas e intensas; presentes constantes e exagerados; tentativas de exclusividade (como a fala “ninguém te ama como eu”); aparecer de surpresa com frequência, sem combinar; mudanças de humor intensas quando não recebe a mesma atenção; críticas disfarçadas de cuidado.

O alerta é claro: o amor não deve invadir os limites do outro. Relações saudáveis se constroem com respeito, tempo, reciprocidade e espaço para que ambos cresçam – juntos e individualmente. Afinal, quem ama de verdade não sufoca e nem controla.