Max Russi destaca que números alarmantes de violência contra a mulher exigem união da sociedade e atuação firme do poder público
“Mato Grosso registra números preocupantes que demonstram a urgência de unirmos forças, seja da sociedade civil. Ou então, dos poderes públicos, para combater de forma efetiva a violência contra as mulheres. As políticas públicas precisam sair do papel e se transformar em resultados, proteção e plena garantia de direitos”, defendeu Max Russi.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 47 mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso somente em 2024. Número que colocou o Estado na liderança da estatística pelo segundo ano consecutivo. O cenário, portanto, já é grave em 2025: dados do Ministério Público Estadual registram, entre janeiro e junho, 27 feminicídios. Um aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando ocorreram 19 casos.
Todavia, o Observatório da Segurança Pública também aponta que, em 2024, registraram mais de 19 mil ameaças, 9,2 mil lesões corporais, 5,7 mil injúrias. Além de 2,1 mil casos de danos emocionais contra mulheres, sem contar outras formas de violência, como violação de domicílio, assédio sexual e importunação.
“Cada estatística, contudo, representa uma vida perdida, uma família destruída, um alerta ignorado. A violência contra a mulher não pode ser tratada com descaso ou burocracia”, reforçou o deputado.
Requerimento nº 548/2025
Na Assembleia Legislativa, Russi tem defendido medidas de fiscalização e acompanhamento das políticas públicas já existentes. Como exemplo, citou o Requerimento nº 548/2025, aprovado em setembro, que solicitou informações detalhadas sobre a legislação em vigor em Mato Grosso. Assim, inclui leis, programas, projetos e ações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.
Entre as soluções, o parlamentar aponta a necessidade de maior integração entre as esferas do Poder Público, capacitação de profissionais, fortalecimento das redes de acolhimento e um sistema de segurança e justiça mais eficiente. “Precisamos de coragem, firmeza e perseverança para garantir que mulheres vivam com dignidade, respeito e plena atenção aos seus direitos. Não admitiremos retrocessos”, afirmou o presidente da ALMT.