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Max Russi diz que manutenção da Santa Casa é obrigação do governo e descarta participação de empresários “Já pagam muito impostos”

Max Russi aposta em solução de Mauro Mendes para Santa Casa

Conforme Max Russi, situação da Santa Casa de Misericórdia em Cuiabá voltou como tema de intensos debates na ALMT ao longo desta semana

Max Russi diz que manutenção da Santa Casa é obrigação do governo e descarta participação de empresários “Já pagam muito impostos”.

A situação da Santa Casa de Misericórdia em Cuiabá voltou a tema de intensos debates na Assembleia Legislativa de Mato Grosso ao longo desta semana. O impasse em torno da instituição, foi marcada por uma dívida trabalhista milionária e pela apreensão dos funcionários diante da possibilidade de fechamento, gerou uma série de propostas apresentadas por parlamentares, mas a definição segue incerta.

Entre as sugestões discutidas, o deputado Júlio Campos chegou a propor a retirada de parte do duodécimo dos Poderes para custear a Santa Casa. Outra ideia apresentada por ele foi que empresários pudessem destinar recursos para ajudar na manutenção da unidade hospitalar. Também cogitaram a realização de eventos estaduais com shows nacionais, cuja arrecadação se reverta para o hospital.

Contudo, nenhuma dessas propostas prosperou até o momento. A Santa Casa já foi a leilão duas vezes pela Justiça para tentar sanar parte da dívida. No primeiro certame, avaliada em cerca de R$ 78,2 milhões, não houve lances.

Diante da ausência de interessados, reduziu o valor praticamente pela metade e marcaram um novo leilão, na ordem de R$ 39 milhões nesta semana.

Encaminhamento do governo estadual para evitar o colapso da saúde

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi, se posicionou contra a ideia de transferir a responsabilidade para empresários ou para a própria Casa de Leis. Segundo ele, a obrigação de buscar uma saída para a Santa Casa é do Poder Executivo. “Não é obrigação de nenhum empresário, não é obrigação da Assembleia Legislativa bancar essa despesa. Não é nossa função. E não é função de nenhum empresário, até porque pagam muitos impostos. É obrigação do governo, nesse momento, ou da iniciativa privada”, afirmou.

Max destacou ainda que confia na palavra do governador, que, segundo ele, garantiu a apresentação de uma solução definitiva nos próximos dias. “Qual o atendimento que será mantido ali? Já tem essa posição? Não, não tem. O governador só falou que tinha uma saída para a Santa Casa. Ele não falou isso somente para mim, falou na presença de vários deputados. Eu acredito na palavra do governador, porque nunca me faltou em encaminhamentos anteriores”, disse.

O deputado reforçou que não considera eficaz medidas paliativas como um rateio momentâneo de recursos, já que isso não resolveria o problema estrutural da instituição. Para ele, o que se espera é uma solução concreta, que dê vigor e efetividade à continuidade dos serviços de saúde. Apesar do impasse e da apreensão da sociedade, Max Russi demonstrou confiança de que o hospital não fechado, apostando em um encaminhamento do governo estadual para evitar o colapso de uma das estruturas mais tradicionais da saúde mato-grossense.