Max Russi cobra ação firme contra violência escolar em MT
O presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB), defendeu uma resposta firme do poder público diante do avanço da violência escolar. A declaração dada durante entrevista coletiva na chegada à sessão solene, marcou a retomada dos trabalhos legislativos no segundo semestre.
“Tem que ser muito enérgico. Estamos na era da informação e temos muitos meios digitais, câmeras, formas de atuação firme dentro das escolas. O que não podemos aceitar é que se instale uma facção dentro de uma escola, com tentativa de disciplinar pela força, com atitudes ilegais e inaceitáveis”, afirmou o parlamentar, ao comentar o caso ocorrido na Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia (415 km de Cuiabá).
O caso, que chocou o Estado, envolve quatro alunas, com idades entre 11 e 14 anos, que torturaram uma colega como forma de “punição”. Ou seja, por ela ter se recusado a compartilhar um suco. A agressão foi filmada e divulgada nas redes sociais. Segundo a Polícia Civil, o grupo — composto por cerca de 20 estudantes — operava com regras inspiradas em facções criminosas. Assim, estabelece hierarquias, normas de conduta e sanções internas. Uma das regras era que a vítima não poderia chorar, sob pena de sofrer ainda mais violência.
“Isso preocupa bastante. É um debate que precisa ocorrer com seriedade, envolvendo a sociedade, a estrutura familiar e políticas públicas. Não podemos, portanto, permitir que esse tipo de violência avance. Precisamos agir com responsabilidade, com medidas integradas”, completou Max Russi.
A Polícia Civil concluiu o inquérito e classificou as condutas das adolescentes como análogas aos crimes de tortura e associação criminosa, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A Justiça acatou o pedido do Ministério Público e determinou a internação provisória das quatro adolescentes, por meio de medida socioeducativa.