Previsão da pasta é que o método contraceptivo seja liberado no 2º semestre
O implante do método contraceptivo está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Ministério da Saúde, a opção foi considerada vantajosa em relação aos demais contraceptivos em razão da longa duração. Portanto, age no organismo por até três anos e alta eficácia.
Em nota, a pasta informou que a decisão de incorporar o contraceptivo ao SUS foi apresentada durante a reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
A portaria, contudo, oficializa a incorporação do contraceptivo deve ser publicada nos próximos dias. A partir da publicação, áreas técnicas da pasta terão 180 dias para efetivar a oferta. Assim, envolve etapas como atualização de diretrizes clínicas, aquisição e distribuição do insumo, capacitação e habilitação de profissionais, entre outras ações.
A previsão, portanto, é que o medicamento esteja disponível em unidades básicas de saúde (UBS) a partir do segundo semestre. O plano, segundo o ministério, é distribuir 1,8 milhão de dispositivos, sendo 500 mil ainda este ano. O investimento será de cerca de R$ 245 milhões – atualmente, a unidade do produto custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
Entenda
O implante subdérmico Implanon é um método contraceptivo de longa duração e alta eficácia. Ele atua no organismo por até três anos, sem necessidade de intervenções durante esse período. Após o prazo, retira-se o implante e, se houver interesse, pode-se inserir imediatamente um novo implante.
A inserção e a retirada do dispositivo devem ocorrer por médicos e enfermeiros qualificados. Por esse motivo, segundo acompanha-se a ampliação da oferta de estratégias de formação teórica e prática desses profissionais. Ainda de acordo com a pasta, retomarão a fertilidade rapidamente após a remoção.
Entre os contraceptivos oferecidos pelo SUS, apenas o DIU de cobre classificado como Larc — sigla em inglês para contraceptivos reversíveis de longa duração é o método considerado mais eficaz no planejamento reprodutivo. Ou seja, por não depender do uso contínuo ou correto por parte da usuária, como ocorre com anticoncepcionais orais ou injetáveis. “Os Larc são reversíveis e seguros”, destacou a pasta.
Em seguida, confira os métodos contraceptivos disponíveis no SUS
- preservativos externo e interno;
- DIU de cobre;
- anticoncepcional oral combinado;
- pílula oral de progestagênio;
- injetáveis hormonais mensal e trimestral;
- laqueadura tubária bilateral;
- vasectomia.
A pasta alertou que, entre todos contraceptivos disponíveis na rede pública, apenas os preservativos oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).