As vendas da safra 2025/26 de soja em Mato Grosso (MT), atingiu 22,49% até julho, um avanço de 4,99 pontos percentuais em relação a junho. Apesar do crescimento, o volume segue entre os ritmos mais baixos já registrados para o período, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Já a safra 2024/25 alcançou 88,72% de vendas, alta de 6,79 p.p. frente ao mês anterior, impulsionada pela valorização da oleaginosa. O preço médio mensal fechou em R$ 117,93 por saca, aumento de 5,09%, resultado da maior demanda pelo grão no Estado. Ainda assim, o percentual vendido está 3,63 p.p. abaixo do mesmo mês de 2024 e 1,66 p.p. inferior à média dos últimos cinco anos.

Em julho, o esmagamento de soja no Estado somou 1,18 milhão de toneladas, recorde histórico para o mês.

O volume representa alta de 3,61% em relação a junho e de 12,70% frente a julho de 2024. Aliás, reflexo da maior procura por óleo de soja e da retomada das indústrias após manutenções programadas.

No acumulado de janeiro a julho, processaram 7,90 milhões de toneladas, crescimento de 3,77% sobre igual período do ano passado. A projeção do Imea indica que Mato Grosso deve encerrar 2025 com 12,99 milhões de toneladas processadas — o que, se confirmado, será um novo recorde.

Apesar do bom desempenho na industrialização, a margem bruta de esmagamento recuou 14,93% em julho, fechando em média de R$ 433,78 por tonelada. A queda foi puxada pela desvalorização do farelo de soja e pela alta no preço do grão no mercado interno.