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Estudo apontou que mudanças climáticas têm agravado sintomas de algumas doenças cerebrais, como Alzheimer, Epilepsia e AVC

Mudanças climáticas estão piorando doenças cerebrais; veja quais

Cérebro vs. mudanças climáticas

Nosso cérebro é responsável por uma gama de funções e funciona como um computador adaptável. Muitos dos componentes que formam esse órgão funcionam sob os limites de uma temperatura ideal, que varia entre 20ºC e 26ºC e 80% de umidade. Ou seja, já estamos funcionando acima do ideal.

Quando a temperatura e umidade aumentam de forma acelerada, como têm acontecido nos últimos anos devido às mudanças climáticas, o cérebro não se adapta a tempo e luta para desempenhar suas funções da mesma maneira.

Um novo estudo publicado na The Lancet Neurology apontou que isso já não está acontecendo mais em alguns casos

Pessoas com doenças cerebrais.

Sintomas de algumas condições já causam alterações nesse sentido, como mudança nos padrões de transpiração (essencial para regular a temperatura corporal) ou de reação do corpo. Esses efeitos são agravados pelas mudanças climáticas e as consequentes ondas de calor.

Veja alguns dos exemplos pontuados no estudo:

  • As ondas de calor pioram a qualidade do sono e quadros de epilepsia;
  • As temperaturas altas também fazem com que conexões cerebrais defeituosas diminuam o ritmo, piorando, assim, os casos de esclerosa múltipla;
  • O calor torna o sangue mais espesso e, portanto, mais propenso a coagular devido à desidratação. Isso aumenta as chances de AVC;
  • A pesquisa aponta que, diante das consequências das mudanças climáticas, as internações se tornam mais comuns, agravam quadros de doenças no cérebro e aumentam o risco de morte;
  • Condições psiquiátricas também podem piorar.

Como se prevenir

Para além de limitar as mudanças climáticas e o aumento da temperatura global acima dos níveis recomendados, o estudo sugere ações focadas nas pessoas com doenças neurológicas.

Uma estratégia é a comunicação eficaz, oferecendo informações sobre os riscos do calor e se certificando que as pessoas estejam entendendo a mensagem.

Outra é adaptar as informações meteorológicas de forma personalizada para os riscos climáticos das temperaturas extremas (nesse caso, não só para as pessoas com as condições cerebrais).