Centro de inovação tecnológica da Acelen Renováveis, inaugurado em Minas Gerais pelo presidente Lula, é o maior entre os 22 empreendimentos previstos na área
O maior centro agroindustrial do mundo dedicado à macaúba responsável pela pesquisa para viabilizar a futura biorrefinaria de combustíveis da Acelen. Construída em São Francisco do Conde (BA).
A construção do Acelen Agripark teve investimento de R$ 314 milhões, sendo R$ 258 milhões financiados pelo BNDES. O complexo integra o projeto de biocombustíveis da empresa, e prevê investimentos iniciais de US$ 3 bilhões na construção da primeira planta integrada. E que incluem, além do parque em Minas e da biorrefinaria na Bahia, o plantio de macaúba em terras degradadas e outras infraestruturas, nos dois estados.
Aliás, tem expectativa de produzir 1 bilhão de litros de SAF por ano a partir de 2028. Com previsão de gerar 85 mil empregos em toda a cadeia produtiva, de acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Lei do combustível do futuro
Segundo o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), o Acelen Agripark vai impulsionar a descarbonização dos setores aéreo e de transportes. Um dos principais objetivos da Lei do Combustível do Futuro, foi enviada pelo governo e sancionada pelo presidente Lula em 2024. Essa norma é decisiva para estruturar o mercado de SAF no Brasil. Ao estabelecer metas obrigatórias de redução das emissões do setor aéreo a partir de 2027 e criar previsibilidade para novos investimentos.
A legislação, portanto, impulsiona a atração de capital privado, o desenvolvimento de tecnologias a partir de diferentes matérias-primas. Como soja, palma, macaúba e etanol, posicionando o Brasil como protagonista na transição energética da aviação. Os biocombustíveis, como o SAF, têm potencial de redução de até 80% das emissões de CO2. “Tenho muito orgulho do Combustível do Futuro”, declarou Lula.
Novo PAC
O Novo PAC prevê um investimento total de R$ 30,5 bilhões em 22 projetos de combustíveis de baixo carbono. Desse montante, R$ 17,8 bilhões aplicados entre 2023 e 2026 e R$ 12,8 bilhões investidos após 2026. A execução financeira da carteira até agora foi de R$ 7,3 bilhões, o que corresponde a 40,8% do valor previsto até o final de 2026. Já a execução física está em 29,4%.
O setor é central para a neoindustrialização verde do Brasil. Dessa maneira, engloba a produção de biocombustíveis (biodiesel, etanol 2G, biometano e diesel verde), captura de carbono, biorefinarias e estudos de viabilidade de novos empreendimentos relacionados à transição energética.
Dentre os empreendimentos de combustíveis de baixo carbono já concluídos dentro do Novo PAC, destacam-se a maior planta de biometano do Brasil em Piracicaba (SP), que já fornece o gás para produção de fertilizante de baixo carbono, além da entrega de 3 plantas de usinas para a produção de etanol de segunda geração e a conclusão, com resultados exitosos, de estudos para conversão de uma refinaria de petróleo em biorrefinaria.
Combustíveis de baixo carbono são fontes de energia. Quando em combustão, emitem menos gases do efeito estufa (como o dióxido de carbono) na atmosfera em comparação com os combustíveis fósseis tradicionais, como gasolina, diesel e carvão.
Esses combustíveis podem ser produzidos a partir de diferentes fontes, e a redução de emissões pode ocorrer em todo o ciclo de vida, desde a produção até o uso final. Exemplos de combustíveis de baixo carbono importantes para o Brasil são o etanol, o etanol de segunda geração (obtido a partir de bagaço e palha da cana). Além do biodiesel, biometano, SAF, diesel verde, hidrogênio de baixo carbono, dentre vários outros.
Fonte: agênciagov