Plano de contingência: Pacote de ajuda considerará variações dentro de um setor


De acordo com Alckmin, o plano de contingência procurará ter foco, para ajudar as empresas mais afetadas pela imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo de Donald Trump.
O vice-presidente afirmou que será instituído um parâmetro para avaliar os efeitos das tarifas sobre cada setor da economia, baseado no grau de exportações para os Estados Unidos.
Citando o setor de pescados, Alckmin disse que o plano pretende diferenciar produtos com maior ou menor exposição ao mercado estadunidense.
“Às vezes dentro de um próprio setor, você tem uma diferenciação de quem exporta mais e menos”, destacou. “No caso da tilápia, o maior consumo é interno. Enquanto que o atum tem a maior parte da produção destinada à exportação”, acrescentou.
Embaixador
Alckmin não entrou em detalhes sobre a reunião que teve com o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar. Aliás, disse que o encontro foi “muito bom”.
A reunião ocorreu fora da agenda nesta tarde. Antes de encontrar o vice-presidente, Escobar reuniu-se com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS).
Após sair do ministério, Escobar visitou a Câmara dos Deputados.
Calçados
Antes de encontrar-se com o representante da embaixada estadunidense, Alckmin reuniu-se com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Conforme o vice-presidente e ministro, o setor será bastante afetado pelo tarifaço, com o couro, matéria-prima para os calçados sofrendo um impacto maior.
“Recebi agora o setor de calçados, a Abicalçados. É um setor também afetado, que usa muita mão de obra. Entretanto, mais afetado que o calçado, é o couro. O couro, mais de 40% [da produção] é para exportação”, comentou.
Fonte: agênciabrasil