Novo estudo revela que poluição do ar causam mutações em não fumantes que são similares as do tabagismo
Descobertas do estudo
- As mutações no gene TP53, comumente associadas ao tabagismo, também apareceram em pessoas expostas à poluição por partículas finas.
- Além disso, esses indivíduos apresentavam telômeros mais curtos, um sinal de divisão celular acelerada — característica marcante do câncer.
- Os cientistas alertam que, com a queda global nas taxas de tabagismo, cresce a proporção de casos de câncer de pulmão entre não fumantes.
Hoje, entre 10% e 25% dos casos da doença ocorrem nesse grupo, sendo a maioria do tipo adenocarcinoma.
A situação é mais crítica no leste asiático, com altas taxas atribuíveis à poluição do ar.
Outros riscos e mutação misteriosa também observados
Além da poluição, o estudo identificou riscos associados a fitoterápicos chineses contendo ácido aristolóquico. Aliás, deixaram marcas genéticas específicas em pacientes de Taiwan.
Também detectaram um novo tipo de mutação ainda sem causa identificada, exclusivamente em não fumantes, e que agora está sob investigação.
Conforme os pesquisadores, essas descobertas reforçam a urgência de compreender e mitigar os efeitos da poluição na saúde pública. Especialmente porque o câncer de pulmão permanece como a principal causa de morte por câncer no mundo.