Rebeca Andrade disse estar muito feliz e honrada por receber o primeiro Prêmio Laureus
A ginasta brasileira Rebeca Andrade fez história mais uma vez, recebendo o Prêmio Laureus, na categoria “Retorno do Ano”. Ela é a primeira brasileira da história a vencer o “Oscar do Esporte”, que completa 25 edições.
Principal nome do esporte brasileiro em Jogos Olímpicos, Rebeca Andrade derrotou a americana Simone Biles, lenda da ginástica, na prova de solo, em Paris 2024, faturando a medalha de ouro. A ginasta, que ainda saiu das Olimpíadas com duas pratas (individual geral e salto) e um bronze por equipes. Os feitos de Rebeca aconteceram após ela ser submetida a três cirurgias no joelho. O pentacampeão mundial Cafu foi o encarregado de entregar a estatueta à compatriota.
“Me sinto muito feliz e honrada por receber meu primeiro Laureus. Estou orgulhosa, me sinto assim abençoada pela equipe que tenho e pela família que eu tenho. Eles acreditaram em mim mesmo quando eu não acreditava”, disse ela, durante a premiação em Madri, na Espanha.
Gratidão
“Eu gostaria de fazer um agradecimento especial para uma pessoa que está aqui conosco essa noite. Ela foi uma peça importantíssima para que o mundo me conhecesse não só como atleta, mas como pessoa também, que é a Aline (Wolff), minha psicóloga. Quero agradecer pelo trabalho, companheirismo, pelo cuidado durante meu período de lesões. Fico feliz de ser uma grande referência para as gerações que estão vindo e para pessoas em geral, de força, de mostrar que a gente pode alcançar os nossos objetivos, independentemente do lugar de onde a gente tenha vindo”, declarou Rebeca.
Na categoria em que Rebeca foi premiada, concorriam ao Laureus o nadador americano Caeleb Dressel, que se afastou das piscinas para cuidar da saúde mental e voltou de Paris 2024 com medalhas olímpicas. Assim como a esquiadora alpina suíça Lara Gut-Behrami, bicampeã da Copa do Mundo oito anos após o primeiro título. Também o motociclista espanhol Marc Márquez, que cogitou aposentadoria após lesão no braço, mas voltou a vencer após 1,000 dias no circuito de motovelocidade. O jogador de críquete indiano Rishabh Pant, reintegrado à seleção nacional depois de um grave acidente de carro. Por fim, a nadadora australiana Ariarne Titmus, primeira mulher a defender o título olímpico dos 400m, depois de retirar um tumor no ovário.