Bombardeios com drones atingiram as regiões de Kiev, Dnipro, Sumy, Kharkiv, Chernigov; ao menos 23 pessoas ficaram feridas
A Rússia lançou um novo ataque massivo com drones contra a Ucrânia na madrugada desta sexta-feira (4). Pelas redes sociais, o presidente Volodymyr Zelensky informou disparados de 550 drones e 11 mísseis balísticos contra o país. Desse modo, marcou um novo recorde de bombardeio desde o início da guerra.
“Além de Kiev, o ataque russo de hoje afetou as regiões de Dnipro, Sumy, Kharkiv, Chernigov. Até o momento, 23 pessoas ficaram feridas. Todos estão recebendo assistência e há muitos locais onde destroços de drones e mísseis caíram. Infelizmente, também houve impactos diretos”, disse Zelensky.
Segundo o ucraniano, todas as regiões estavam em alerta para ataques desde quinta-feira (3). A medida ocorreu, logo após telefonema entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin. Na ligação, Putin disse concordar com as negociações, mas que “não recuaria de seus objetivos originais”, entre eles a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Os ataques desta sexta-feira foram os mais recentes de uma série de grandes bombardeios aéreos russos na Ucrânia.
Moscou também vem intensificando sua ofensiva terrestre, sobretudo no leste ucraniano. Na terça-feira (1º), o país reivindicou o domínio total da região de Luhansk, expandindo a incorporação das terras ucranianas. Agora, os militares miram Donetsk, também no leste do país.
Com o avanço no território ucraniano, Putin chega perto de um dos seus objetivos de guerra: a conquista da bacia de Donbass. Formada pelas regiões de Luhansk e Donetsk, a área, de aproximadamente 45 mil km², semelhante ao tamanho do estado do Rio de Janeiro (43.750 km²), abriga grandes reservas de carvão e ferro, além de um porto estratégico, o que a torna economicamente valiosa para Moscou.