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Saques na poupança superam depósitos em novembro. No acumulado do ano, o saldo se manteve negativo em R$ 90,978 bilhões Foto: Ag. Brasil

Saques na poupança superam depósitos em R$ 2,85 bilhões em novembro

Saques na poupança superam depósitos em novembro

Os saques em contas de poupança ao longo de novembro de 2025 superaram em R$ 2,857 bilhões o total depositado. O resultado se deve à maior quantidade de retiradas (R$ 344,6 bilhões) do que de depósitos (R$ 342,75 bilhões).  

No acumulado do ano, o saldo se manteve negativo em R$ 90,978 bilhões. De janeiro a novembro, foi depositado na caderneta de poupança um total de R$ 3,84 trilhões e sacados R$ 3,93 trilhões. O Banco Central divulgou os números (5).

Crédito imobiliário

No caso dos recursos aplicados da caderneta em crédito imobiliário (SBPE) os depósitos em novembro ficaram em R$ 296,6 bilhões, enquanto o total sacado foi de R$ 297,2 bilhões.

Com isso, o saldo desse tipo de aplicação (SBPE) reduziu para R$ 519,4 bilhões em novembro. No mesmo mês de 2024, as retiradas superaram os depósitos em R$ 1,36 bilhão.

No acumulado de janeiro a dezembro de 2025, o saldo dos recursos de poupança aplicados para esse fim caiu em R$ 67,46 bilhões. Foram depositados R$ 3,30 trilhões e sacados R$ 3,73 trilhões.

Crédito rural

Os recursos da caderneta aplicados em crédito rural registraram em novembro depósitos de R$ 45,14 bilhões. As retiradas ficaram em R$ 47,48 bilhões – valor que supera em R$ 2,33 bilhões o total depositado. No acumulado do ano, as retiradas superam os depósitos em R$ 23,51 bilhões.

A princípio, a poupança mantém um saldo em queda acentuada. Sobretudo, este persistente movimento reflete a contínua pressão econômica sobre as famílias brasileiras. Portanto, a tendência de saques supera o volume dos novos depósitos a cada mês que passa.

Desse modo, a saída de recursos afeta gravemente o capital que se destinaria a setores estratégicos. Principalmente, o crédito imobiliário e o financiamento rural sentem fortemente este impacto. Assim, a menor disponibilidade de capital pode frear investimentos importantes e necessários.

Além disso, tal cenário compromete o crescimento de longo prazo do país. Como resultado, a queda exige atenção redobrada dos agentes financeiros. Enfim, o desempenho negativo da caderneta de poupança é um sério alerta financeiro. Em suma, ele exige uma análise cuidadosa do cenário econômico atual e futuro.

Fonte: agênciabrasil