Novo estudo mostrou que o consumo do macronutriente na meia-idade como carboidrato pode estar relacionado a um envelhecimento saudável
Por muito tempo, o carboidrato é visto como um dos vilões de uma alimentação saudável. No entanto, o macronutriente é essencial para fornecer energia para a realização de atividades diárias. Agora, um novo estudo mostrou que o consumo de carboidrato de alta qualidade na meia-idade pode estar relacionado a um envelhecimento saudável.
Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados de questionários do Nurses’ Health Study coletados a cada quatro anos entre 1984 e 2016. Assim, examinaram as diretas de meia-idade e a saúde de mais de 47 mil mulheres que estavam entre 70 e 93 anos em 2016.
A ingestão de carboidratos totais (que incluem amidos, fibras e açúcares), carboidratos refinados (aqueles industrializados, como açúcar, bolos, biscoitos, salgadinhos, entre outros). Assim como, os carboidratos de alta qualidade (como grãos integrais, tubérculos, frutas, vegetais e leguminosas). Além da fibra alimentar e o índice glicêmico alimentar e a carga glicêmica derivados dos questionários de frequência alimentar validados.
Por fim, os pesquisadores definiram envelhecimento saudável como a ausência de 11 doenças crônicas importantes, ausência de comprometimentos cognitivos e de função física e boa saúde mental. Conforme autorrelatado nos questionários Nurses’ Health Study. No novo estudo, 3.706 participantes atenderam à definição de envelhecimento saudável.
Carboidratos de alta qualidade x carboidratos refinados
A análise mostrou que a ingestão de carboidratos totais, carboidratos de alta qualidade de grãos integrais, frutas, vegetais e leguminosas, e fibras alimentares totais na meia-idade, estava associada a uma probabilidade de 6 a 37% maior de envelhecimento saudável e a diversas áreas de saúde mental e física positivas.
Por outro lado, a ingestão de carboidratos refinados e vegetais ricos em amido estava associada a uma probabilidade 13% menor de um envelhecimento saudável.
Apesar das descobertas, o estudo apresenta limitações, como o fato de as participantes serem, em sua maioria, profissionais de saúde brancas. Por isso, pesquisas futuras serão necessárias para replicar essas descobertas com públicos mais diversos.
Além disso, trabalhos adicionais são necessários para entender os mecanismos potenciais que ligam fibras alimentares e carboidratos de alta qualidade ao envelhecimento saudável.