A medida, segundo o republicano, visa garantir a segurança nacional
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou nesta quinta-feira (27), que o Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS, na sigla em inglês) reavalie todos os “Green Cards” — visto de residência permanente no país — concedidos a estrangeiros de 19 países. A medida, segundo o republicano, visa garantir a segurança nacional.
Trump determinou a ordem um dia após o ataque a tiros próximo à Casa Branca, em Washington, que matou um militar da Guarda Nacional e deixou outro ferido em estado grave. O atirador, ferido e detido no local, foi identificado como Rahmanullah Lakanwal, um imigrante afegão, atualmente em situação irregular.
Desse modo, a primeira ordem do presidente foi a suspenção temporária do processamento de todos os pedidos de imigração relacionados a cidadãos afegãos, como forma de revisar os protocolos de segurança. Agora, “fatores negativos específicos” serão considerados para avaliar a permanência de cidadãos de outros 18 países, além do Afeganistão, nos Estados Unidos.
Veja a lista completa:
- Afeganistão
- Chade
- Congo
- Eritreia
- Guiné Equatorial
- Haiti
- Irã
- Iêmen
- Líbia
- Mianmar
- Somália
- Sudão
- Burundi
- Cuba
- Laos
- Serra Leoa
- Togo
- Turcomenistão
- Venezuela
Alguns dos países listados já foram alvos do governo Trump neste ano. Em agosto, o presidente proibiu a entrada de cidadãos de 12 nações, alegando terrorismo e outras ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos. Para cidadãos de outros sete países, como Cuba, Serra Leoa e Venezuela, a entrada no território norte-americano foi parcialmente restrita.
Em comunicado, o diretor do USCIS, Joseph Edlow, saudou a determinação de Trump, dizendo que “cada estrangeiro será avaliado ao máximo grau possível”. “Com efeito imediato, estou emitindo novas orientações políticas que autorizam os oficiais do USCIS a considerar fatores específicos de cada país como fatores negativos significativos ao analisar pedidos de imigração. Vidas americanas vêm em primeiro lugar”, disse.
O ataque
O ataque aconteceu na quarta-feira (26), por volta das 16h30 (no horário de Brasília), a poucos quarteirões da Casa Branca. Sendo assim, os disparos acertaram dois militares da Guarda Nacional, socorridos e internados em hospitais diferentes. Sarah Beckstrom, de 20 anos, morreu na noite de quinta-feira (27), enquanto Andrew Wolfe, de 24, segue internado “em estado crítico”.
Aliás, Trump não estava na Casa Branca no momento do ataque. Assim, deixou Washington na noite de terça-feira (25) e viajou para a Flórida, onde passou o feriado de Ação de Graças. Como medida de prevenção, a sede do governo chegou a ficar em lockdown temporário.
O crime é investigado pelo Departamento de Justiça como “ato de terrorismo”. Inicialmente, o suspeito enfrentava pelo menos três acusações de agressão com intenção de matar e porte ilegal de arma. Entretanto, com a morte de Sarah, eleverão as acusações para homicídio. A procuradora-geral, Pam Bondi, falou que fará “tudo ao seu alcance” para buscar a então pena de morte para o agressor.
Fonte: sbtnews





