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O Uruguai aprovou nesta quarta-feira, 15, uma lei que autoriza a eutanásia em certas condições, após um extenso debate no Senado

Uruguai aprova lei de eutanásia por ampla maioria no Senado

Uruguai passa a fazer parte de uma pequena lista de países que permitem a morte assistida

O Uruguai aprovou uma lei que autoriza a eutanásia em certas condições, logo após um extenso debate no Senado. A câmara alta do Poder Legislativo do país aprovou o texto intitulado “Morte Digna” com 20 votos a favor de um total de 31 senadores presentes. Assim, o Uruguai passa a fazer parte de uma pequena lista de países que permitem a morte assistida. 

Na América do Sul, Colômbia e Equador, já haviam descriminalizado a eutanásia por meio de decisões judiciais. Mas esta é a primeira vez na região que ela é aprovada por meio de legislação.

No Chile, o presidente Gabriel Boric reacendeu recentemente a pressão pela aprovação de um projeto de lei sobre eutanásia há muito tempo parado no Senado. Debates acirrados e ativismo em torno da prática têm tomado conta da região nos últimos ano

Contudo, a secularização venceu a resistência à prática na nação de 3,5 milhões de habitantes. Ou seja, proíbe qualquer menção a Deus em juramentos de posse e chama o Natal de “Dia da Família”.

Histórico de aprovação de pautas liberais

A aprovação da lei também consolida a reputação do Uruguai como um dos países mais socialmente liberais da região. Ele foi o primeiro no mundo a legalizar a maconha para uso recreativo e aprovou uma legislação pioneira. Dessa forma, permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o aborto há mais de uma década.

A legislação aprovada nesta quarta-feira permite a eutanásia, realizada por um profissional de saúde, mas não o suicídio assistido. Neste sentido, envolve a autoadministração de uma dose letal de medicamento prescrito pelo paciente.

Ao contrário das leis de alguns Estados dos EUA, Austrália e Nova Zelândia, que restringem a eutanásia àqueles com expectativa de vida de no máximo seis meses ou um ano, o Uruguai não estabelece limites de tempo. Também permite que qualquer pessoa que sofra de uma doença incurável que cause “sofrimento insuportável” busque a morte assistida, mesmo que seu diagnóstico não seja terminal.